A Câmara Municipal de Betim realizou Audiência Pública na tarde desta sexta-feira (17 de maio), no Plenário Carino Saraiva, para debater as constantes interrupções no abastecimento de água nos Bairros Paquetá, Vila Rica e Parque Ipiranga, localizados na Regional Citrolândia. A iniciativa do evento partiu do vereador Professor Wellington, por meio do Requerimento nº 624/2024.

O vereador presidiu os trabalhos e relatou os desafios enfrentados ao longo dos últimos três anos e meio no exercício do seu mandato. E um dos maiores gargalos encontrados foi a falta do abastecimento de água. "Felizmente, muitos bairros da região de Citrolândia tiveram esse problema praticamente resolvido. Faltam, porém, outros bairros que ainda padecem com a falta de água. Vamos buscar soluções práticas e assertivas, juntamente com a Copasa, para os locais em que ainda permanece o sofrimento com o fornecimento", afirmou o parlamentar.

O representante do Bairro Parque Ipiranga, Renato Souza Duarte, lamentou que a falta de água é um incômodo que se arrasta há vários anos. "Os horários são sempre os mesmos: de segunda-feira a sexta-feira, a partir das 18h, a água some das torneiras e volta depois de uma hora da manhã. Nos finais de semana, o desabastecimento começa ao meio-dia", criticou Renato, relatando que já se reuniu inúmeras vezes com a Copasa e nenhuma solução apareceu.

Moradores dos Bairros Paquetá e Vila Rica reiteraram os mesmos problemas apontados pelo representante do Parque Ipiranga e o descanso da Copasa diante das reclamações apresentadas pela comunidade.

Presente em todas as Audiências Públicas que abordaram a atuação da Copasa, o vereador Carlin Amigão criticou a demora da empresa em cobrir os buracos abertos nas vias públicas para executar serviços nas tubulações. "A Copasa fornece atendimento pífio à população diante das altas tarifas que são cobradas. Será que existe um estudo para melhorar essa situação?", indagou Carlin.

Gerente Regional de Citrolândia, Rodrigo Trindade endossou as críticas do vereador Carlin e complementou que o serviço de tapa-buracos, quando é feito pela Copasa, fica ruim e o Poder Público é obrigado a corrigi-lo.

Uma das explicações para o desabastecimento nessas regiões de Citrolândia são os piques de energia na bomba que impulsiona a água para as residências. Os moradores sugeriram a instalação de um gerador para manter a bomba constantemente em funcionamento.

Diante dos reclames dos usuários, o gerente regional da Copasa em Betim, Fernando Zanetti, contextualizou o problema do desabastecimento de água, reconhecendo que as regiões de Citrolândia e Icaivera são realmente afetadas. Algumas intervenções foram feitas pela empresa e obras de maior dimensão estão sendo projetadas e outras estão em fase de processo licitatório. Fernando explicou que a topografia de Citrolândia dificulta que a água chegue com a pressão adequada em todos os lares.

Fernando revelou que “começamos a realizar também uma atuação conflituosa para eliminar as ligações clandestinas, os famosos 'gatos'. Já retiramos cerca de 40 ligações irregulares. Isso vai ajudar a melhorar o fornecimento de água", asseverou o gerente.

Professor Wellington lamentou a ausência de representantes do Ministério Público e sugeriu que a população acione sempre a Copasa para formular suas reclamações e as faça chegar ao MP. De modo peremptório, o vereador indagou da empresa quando as soluções demandadas para resolver o desabastecimento nas regiões elencadas serão adotadas.

Fernando Zanetti apontou as três medidas efetivas que estão em andamento: a  Operação Caça-Gato, a travessia sobre o Rio Paraopeba por uma tubulação, em forma de arco, obra com conclusão prevista para o final de 2024 (a vazão será 65 metros cúbicos de água por minuto, o que vai resolver a oferta de água para o Paquetá) e a finalização da rede que vem do Município de Mário Campos, com previsão de término para meados de 2025.

Jornalista Wagner Augusto - Diretoria de Comunicação Institucional